Resultado da pesquisa (2)

Termo utilizado na pesquisa Senecio oxyphyllus

#1 - Phenology of four poisonous Senecio (Asteraceae) species in southern Rio Grande do Sul, Brazil, 22(1):33-39

Abstract in English:

ABSTRACT.- Karam F.S.C., Méndez M.C., Jarenkow j.A. & Riet-Correa F. 2002. [Phenology of four poisonous Senecio (Asteraceae) species in southern Rio Grande do Sul, Brazil.] Fenologia de quatro espécies tóxicas de Senecio (Asteraceae) na região Sul do Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira 22(1):33-39. Laboratório de Toxicologia, Fac. Med. Vet., URCAMP, Bagé, RS 96400-110, Brazil. E-mail: fernando@alternet.com.br This study aimed to determine the phenology of Senecio brasiliensis, S. oxyphyllus, S. heterotrichius and S. selloi, and their relationship with cattle poisoning in the southern region of the State of Rio Grande do Sul, Brazil. The phenology was studied during two years in the rural area of the municipalities of Bagé and Capão do Leão. These phenological observations were made at monthly intervals during the vegetative phase, and every 15 days during the reproductive period. The plants were observed from emergence until the dispersai of seeds, considering their vigor and their relationship with environmental factors. The results indicate that whenever the environmental conditions, like moisture and light, were favorable, Senecio spp emerge. The vegetative phenophases are practically constant during ali life cycle of the plant and the whole yea1: Unfavorable environmental factors like water stress, soil management and damage by insects, associated or not, can alter the cycle of the plants and determine their permanence in the environment. The majority of the species studied behaved like annual and monocarpic plants. According with the permanence during the two years of observation, the most persistent species in the environmentwas S. heterotrichius (15% of the plants persisted during the two year period), followed by S. selloi (2,8%) and S. brasiliensis (0,9%). S. oxyphyllus did not persist for more than one year.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Karam F.S.C., Méndez M.C., Jarenkow j.A. & Riet-Correa F. 2002. [Phenology of four poisonous Senecio (Asteraceae) species in southern Rio Grande do Sul, Brazil.] Fenologia de quatro espécies tóxicas de Senecio (Asteraceae) na região Sul do Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira 22(1):33-39. Laboratório de Toxicologia, Fac. Med. Vet., URCAMP, Bagé, RS 96400-110, Brazil. E-mail: fernando@alternet.com.br O objetivo principal desse trabalho foi determinara fenologia de Senecio brasiliensis, S. oxyphyllus, S. heterotrichius e S. selloi, e relacioná-la com a epidemiologia da intoxicação em bovinos, na região sul do Rio Grande do Sul. O estudo fenológico foi feito durante dois anos nos municípios de Bagé e Capão do Leão. As leituras foram mensais durante o período vegetativo e quinzenais no período reprodutivo das espécies, para observação desde sua emergência até dispersão de sementes, avaliando-se o vigor, e relacionando essas variáveis com fatores ambientais. Os resultados permitiram concluir que durante todo o ano há emergência de plantas de Senecio spp, desde que haja condições ambientais favoráveis, como umidade e luz, e as fenofases vegetativas são praticamente constantes durante todo o ciclo da planta. Fatores ambientais desfavoráveis como o déficit hídrico, o manejo do solo e o dano de insetos, associados ou não, podem alterar o ciclo das plantas e serem determinantes para a sua permanência no ambiente. A maioria dos exemplares, das quatro espécies, comportou-se como anual e monocárpica. A espécie mais persistente no ambiente foi S. heterotrichius (15% das plantas persistiram durante os dois anos de estudo), seguida de S. selloi (2,8%} e S. brasiliensis (0,9%). S. oxyphyllus não permaneceu no ambiente por mais de um ano.


#2 - Experimental poisoning in cattle by Senecio oxypyhyllus (Compositae)

Abstract in English:

The dried aerial parts of Senecio oxyphyllus collected at its sprouting period were daily orally force-fed to 9 calves in amounts equivalent to 0.5g, 1g, 2g and 4g of the fresh plant per kg of their body weight. Doses of 0.5g/kg were given for 90 and 120 days, doses of 1g/kg for 60 days, doses of 2g/kg for 30 and 60 days, and doses of 4g/kg for 5, 18 and 60 days. S. oxyphyllus was toxic for cattle. Four calves either died or were killed while moribund due to the toxicosis. One calf died of an unrelated disease. Four calves were clinically normal at the end of the experiment. The minimal daily dosis which caused the poisoning was 1g/kg when given during 60 days (6% of the body weight). Similar total amounts (4.5% and 6% of body weight) did not induce the disease when given as smaller daily doses (0.5g/kg) over longer periods (90 and 120 days). Regardless the amounts of plant received, all affected calves developed chronic lesions. The duration of clinical disease varied from 10 to 368 days. Clinical signs, gross, and histopathological changes were similar to those produced by other species of Senecio. Anorexia, loss of weight, diarrhea, dry feces, rough hair coat, abdominal pain, rectal tenesmus and prolapse, ruminal atony, sweetish-sour odor from the skin of neck and withers and general weakness were frequent. Depression, grinding of teeth, incoordination and muscle tremors were interpreted as neurological disturbances. Ascites (2 calves) and jaundice (1 calf) were more rarely observed. Jugular engorgement with positive pulse was observed in 3 animals and systolic heart murmurs in one. Gross lesions included hard livers with capsular surfaces which were either smooth and thickned or finely granular. A fine meshwork of white-tan fibrous tissue crisscrossed the hepatic cut surfaces. In the gall bladder edema.of the wall was a common finding and mucosal polyps appeared in one case. Cavitary edemas and edemas of mesentery and abomasal mucosal folds were observed. Fibrosis, hepatomegalocytosis and ductal hyperplasia were the main hepatic histological lesions. Spongy degeneration of the cerebral white matter was present in all affected calves. It is concluded that S. oxyphyllus is one of the plant species responsible for spontaneous seneciosis of cattle in Rio Grande do Sul, Brazil.

Abstract in Portuguese:

As partes aéreas dessecadas de Senecio oxyphyllus, colhidas no estágio de brotação, foram administradas manualmente por via oral a nove bovinos jovens, em doses diárias correspondentes a 0,5g, 1g, 2g e 4g da planta verde por kg de peso do animal. Adminstrações de 0,5g/kg foram feitas por 90 e 120 dias, de 1g/kg por 60 dias, de 2g/kg por 30 e 60 dias e de 4g/kg por 5, 18 e 60 dias. S. oxyphyllus mostrou-se tóxico para bovinos. Quatro animais morreram ou foram sacrificados in extremis em conseqüência da intoxicação. Um terneiro morreu de doença não relacionada aos efeitos da planta. Quatro bovinos mantiveram-se clinicamente normais até o final do experimento. A dose diária mínima que causou a intoxicação foi de 1g/kg quando administrada por 60 dias (6% do peso corporal). Quantidades totais semelhantes (4,5 e 6% do peso corporal) não produziram a intoxicação quando administradas em doses diárias menores (0,5g/kg) por períodos mais longos (90 e 120 dias). Independentemente das quantidades da planta administrada, todos os bovinos desenvolveram lesões crônicas. A duração do quadro clínico variou entre 10 e 368 dias. Os sinais clínicos e as lesões macro e microscópicas foram semelhantes às produzidas por outras espécies de Senecio. Anorexia, perda de peso, diarréia, fezes ressequidas, pêlos arrepiados, cólicas, tenesmo e prolapso retal, atonia ruminal, odor acre-doce exalando da pele do pescoço e cernelha e fraqueza generalizada foram freqüentes. Sinais clínicos interpretados como distúrbios "nervosos, incluíam depressão, ranger de dentes, incoordenação e, nas fases finais, tremores musculares. Ascite (2 bovinos) e icterícia (1 bovino) foram observadas. Repleção e pulso positivo da jugular ocorreram em 3 animais, em um deles com sopro cardíaco sistólico. Na necropsia, os fígados estavam endurecidos, com superfícies capsulares lisas ou finamente granulares e superfícies de corte entrecortadas por fina arborização de fibras conjuntivas branco-marrons. Na vesícula biliar, edema da parede foi um achado comum e, num caso, pólipos foram observados na mucosa. Edemas cavitários, do mesentério e das dobras da mucosa do abomaso foram vistos com freqüência. As principais alterações histológicas do fígado consistiram de fibrose, hepatomegalocitose e hiperplasia ductal. Degeneração esponjosa da substância branca do cérebro foi observada nos quatro animais afetados. Conclui-se que S. oxyphyllus é uma espécie desse gênero, responsável por seneciose espontânea em bovinos no Rio Grande do Sul.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV